Falar
em línguas é um dom do Espírito Santo. A Bíblia
diz que falar em línguas é uma manifestação ou dom do Espírito Santo (Atos 2:4;
10:46; 19:6; 1 Coríntios 12:10). Jesus falou desse dom como um “sinal” que
acompanharia aqueles que acreditam nEle (Marcos 16:17). Depois da Ascensão de
Jesus, esse dom apareceu como evidência ou sinal de que uma pessoa havia sido
cheia ou batizada no Espírito Santo (Atos 2:4; 10:46; 11:16; 19:6). Paulo o
descreve como um dos nove charismata ou “dons” do Espírito Santo (1 Coríntios
12:10). Todos os apóstolos originais (Atos 2:4), os novos convertidos (Atos
10:46; 19:6) e São Paulo tiveram a experiência desse dom. Pode-se dizer com segurança
que falar em línguas era uma experiência comum na Igreja Apostólica.
Falar
em línguas é oração. Falar em línguas é falar a Deus (1 Coríntios 14:2). Portanto,
é essencialmente oração. São Paulo diz que ele fazia muito uso desse dom (1
Coríntios 14:18). Aquele que fala em línguas não entende o que está dizendo;
sua mente fica “sem fruto” (I Coríntios 14:14). Mas, apesar disso, é edificante
orar em línguas (I Coríntios 14:4), pois o “espírito ora” (1 Coríntios 14:14),
e “fala mistérios no Espírito” (1 Coríntios 14:2). Orar em línguas edifica (constrói)
outros aspectos da pessoa que não sejam o entendimento. Nossa experiência tem
sido que esse modo de orar tem um efeito forte nos sentimentos e atitudes
profundas que a mente nem sempre controla diretamente. E parece desenvolver no
cristão uma sensibilidade, maior do que ele tinha antes, para realidades
espirituais.
Falar
em línguas é principalmente para adoração em particular.
São Paulo indica que ele gostaria que todos falassem em línguas (1 Coríntios
14:5a) — que ele mesmo falava em línguas mais do que todos (1 Coríntios 14:18)
— mas que esse dom tem valor limitado no culto público: A pessoa que ora em
língua seria edificada, mas os outros não receberiam nada (1 Coríntios 14:4). A
menos que alguém interprete a língua, quem ora em língua é admoestado a orar em
silêncio (1 Coríntios 14:28). A implicação dessas ênfases contrárias é que orar
em línguas é principalmente oração pessoal, isto é, para devoções particulares.
No entanto, se um intérprete estiver presente num culto público, falar em
línguas não é proibido (1 Coríntios 14:39). Duas ou três expressões em línguas podem
ser permitidas em determinado culto (1 Coríntios 14:27). Quem fala em línguas
deve falar por vez, isto é, um de cada vez, com acompanhamento de interpretação
(1 Coríntios 14:27). Um grupo de pessoas orando em línguas durante um culto
público — todos juntos, gritando — não é incentivado (1 Coríntios 14:23). O
propósito claro de 1 Coríntios 14 com relação ao falar em línguas é assim
duplo:
a) estabelecer o valor e a bênção de orar em línguas,
principalmente para adoração em particular;
b) reduzir a ênfase e disciplinar com rigor seu uso
num culto público.
Falar
em línguas não é um requisito para a salvação. Em parte
alguma da Bíblia há a indicação de que alguma manifestação do Espírito Santo é
exigida para a salvação (a menos que o “novo nascimento” seja visto como uma
manifestação do Espírito Santo). A formula para a salvação é “Creia no Senhor
Jesus, e você será salvo.” (Veja Atos 16:31.) Essa questão deveria ser deixada
muito clara para os cristãos. Falar em línguas é uma manifestação do Espírito
Santo que Cristo colocou em Sua Igreja para servir a um propósito específico,
mas a salvação não depende desse dom.
Falar
em línguas é um dom que não está limitado à Igreja Apostólica.
Nenhuma passagem da Bíblia indica que as manifestações do Espírito Santo eram
apenas para a Igreja Apostólica. Isso é doutrina puramente humana e
racionalização para inventar uma explicação para a vergonha da ausência do sobrenatural
na Igreja, e ao mesmo tempo ainda mostrar apego à doutrina de uma Escritura
inspirada. Martinho Lutero, comentando sobre Marcos 16:17,18, diz: “Esses sinais [inclusive falar em novas línguas]
devem ser interpretados como tendo aplicação para todos os cristãos
individuais. Quando uma pessoa é cristã, ela tem fé, e terá também o poder de
realizar esses sinais.”
Traduzido
por Julio Severo do livro do Rev. Larry Christenson “Answering Your Questions
About Speaking in Tongues” (Respondendo Suas Perguntas sobre Falar em Línguas),
publicado originalmente em 1968 pela Bethany House Publishers, cuja filial no
Brasil é a Editora Betânia. O prefácio do livro foi escrito por Corrie ten
Boom.
A guerra calvinista cessacionista contra Silas Malafaia
Julio Severo
Nos últimos
dias, o nome do Pr. Silas Malafaia, fundador e presidente da Assembleia de Deus
Vitória em Cristo, vem sendo atacado com todos os tipos de rótulos negativos
possíveis: herege, ditador da fé, pastor despótico e terrorista espiritual.
Todas essas acusações vieram de fontes calvinistas.
O que os
calvinistas têm contra Malafaia? Pelo menos, os calvinistas americanos que
conheci dificilmente teriam grandes problemas, como irmãos em Cristo, de
convivência com Malafaia.
Tive contatos
no passado com o ministério Vineyard, no seu apogeu, quando seu fundador, John
Wimber, estava vivo, e eram pastores na sua igreja-sede Wayne Grudem e Jack
Deere. Todos eles calvinistas que creem no Espírito Santo. Aliás, Wimber e seu
movimento eram conhecidos por seus sinais, prodígios e maravilhas. Muitas
profecias e revelações. Muitas curas. Muitas expulsões de demônios, inclusive
de bruxos.
Já frequentei
a igreja da Vineyard e gostei muito do calvinismo deles.
Contudo, a
elite calvinista que se vê no Brasil pouparia o calvinismo de Wimber, Grudem e
Deere de ataques? Ambos não têm os mesmos fundamentos bíblicos e espirituais.
Enquanto os
calvinistas americanos que conheci creem no Espírito Santo e eram usados por
Ele para realizar sinais e maravilhas, por pura arrogância teológica os
calvinistas elitistas brasileiros condenam tais sinais e maravilhas e os homens
e mulheres que são usados por Deus.
Em grande
parte, Malafaia está sendo atacado por essas razões por esses calvinistas
brasileiros, embora os motivos alegados por eles sejam outros.
Um crítico
calvinista que chamou Malafaia de herege fez uma pregação sofista com base em 1
Coríntios 4:20, que diz: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em
virtude.”
Sua
interpretação sofista desvirtuou a palavra “virtude,” dando-lhe um significado
vago, abstrato e invisível, só visto por Deus, fazendo parecer que nem o
Apóstolo Paulo, nem Jesus e seus apóstolos nunca pregaram um Evangelho com
virtude: cura de enfermos e expulsão de demônios.
Para
desculpar então seu evangelho sem poder, ele interpretou o comentário de Paulo
como se Paulo tivesse tido um Evangelho tão oco e fraco quanto o dele.
Um teólogo ou
pastor que prega um evangelho sem curas e expulsão de demônios tem
incredulidade de sobra para criticar pastores que pregam o Evangelho com poder:
com curas e expulsão de demônios. De raiva, ele critica nos outros o que ele
não tem. Em vez de buscar de Deus, ele se revolta contra quem tem.
Os fariseus, que
eram os teólogos da época de Jesus, O criticavam e condenavam porque achavam
seus atos ministeriais “bizarros.” Eles não concordavam que Jesus e seus
discípulos curassem os enfermos, especialmente porque os fariseus falavam das
Escrituras sem tal poder. E eles especialmente não concordavam que Jesus
expulsasse demônios.
Eles achavam
que o que Jesus estava fazendo era prática comum de bruxos. Na mente teológica
deles, Jesus fazia coisas bizarras. Portanto, para eles Jesus era um satanista,
um feiticeiro, um bruxo. Para eles, Jesus estava bruxificando as Escrituras.
“Alguns mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém,
diziam: —Ele está dominado por Belzebu, o chefe dos demônios. É Belzebu que dá
poder a este homem para expulsar demônios.” (Marcos 3:22 NTLH)
Os mestres da
Lei eram os teólogos. O fato de que vieram de Jerusalém, a sede mundial da
teologia das Escrituras, revela que a teologia oficial mais importante da época
estava presa a uma visão literal sem nenhuma comunhão com Deus. Eles se
tornaram meros demonizadores. Tudo o que eles sabiam fazer era demonizar Jesus.
Outra versão
diz:
“Os líderes religiosos de Jerusalém espalharam o boato
de que ele estava praticando magia negra, fazendo truques diabólicos para
impressionar o povo, mostrando poder espiritual.” (Marcos 3:22 A Mensagem)
Os maiores
teólogos das Escrituras condenaram Jesus como satanista. Eles o demonizaram em
todas as suas redes sociais da época — a pé e de jumento. O que esperar dos
teólogos reciclados de hoje?
Os teólogos
demonizadores de hoje usam suas redes, conferências, blogs e outros canais para
demonizar tudo o que não se enquadra em sua visão teológica morta das
Escrituras. Não perdem o hábito: continuam espalhando boatos de que seguidores
de Jesus praticam magia negra fazendo truques diabólicos para impressionar o
povo.
Malafaia crê
em experiências com o Espírito Santo. Embora seus críticos e acusadores calvinistas
aleguem focar na questão da Teologia da Prosperidade (enquanto o problema maior
entre os calvinistas não é essa teologia, mas a Teologia da Missão Integral), a
verdade é mais profunda.
Um pastor
calvinista que chamou Malafaia de “herege” trouxe ao Brasil o calvinista
americano Justin Peters, que já havia dito na VINACC em 2015 que Deus não fala hoje por meio de
profecia e revelação.
Peters não é
o único calvinista incrédulo. Mauro Meister, pastor da IPB e teólogo da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, alertou contra o livro “Surpreendido com
a Voz de Deus,” escrito pelo calvinista Jack Deere. Meister disse:
“Certamente não posso recomendar a leitura do livro
como proveitosa, e sim alertar pastores e estudiosos de que este livro irá
trazer mais confusão do que esclarecimento.”
O livro de
Deere contém inúmeros testemunhos de calvinistas abertos ao Espírito Santo e
foi recomendado por Wayne Grudem, renomado calvinista autor de uma Teologia Sistemática.
Mesmo assim, por amor à mesma incredulidade que os fariseus tinham, Meister
rejeitou e atacou toda possibilidade de ouvir a voz de Deus hoje.
Cessacionismo
não é monopólio dos calvinistas radicais. Macedo também está nesse barco com
eles.
Independente
então da questão da Teologia da Prosperidade, calvinistas radicais condenarão
Malafaia, assim como já condenam calvinistas que aceitam os dons e as obras
sobrenaturais do Espírito Santo.
John
MacArthur é o “apóstolo” mundial da incredulidade calvinista, ou cessacionismo.
Ele é o teólogo calvinista boçal que chama o movimento pentecostal de
demoníaco. Ele é o teólogo calvinista boçal que chama de “demoníacas” todas as
manifestações como línguas estranhas, profecias e revelações hoje. Ele é
cessacionista.
Cessacionismo
é a doutrina espúria e extra-bíblica que diz que depois da morte de Jesus e
seus apóstolos, o Espírito Santo parou de conceder profecia, línguas,
revelações e outros dons. Na visão teológica cessacionista, as manifestações de
profecia, línguas, revelações e outros dons hoje são demoníacas. Daí, os
calvinistas cessacionistas crerem que tanto o pentecostalismo quanto o
neopentecostalismo são “heréticos.”
MacArthur é o
guru de todos os calvinistas cessacionistas radicais do Brasil. Ele se diz fiel
à Bíblia, mas a ataca ao rejeitar o que Deus determina e colocando no lugar as
determinações dele.
Boçal é o
termo que Malafaia usou para se referir a um pregador calvinista que ele pensou
ser o MacArthur. Por falta de assessoria adequada, em vez de acertar em
MacArthur, ele mirou num calvinista inocente, embora não seja totalmente inocente, pois ele, que critica a Teologia da Prosperidade,
que não afeta as igrejas calvinistas, estranhamente nunca criticou a Teologia
da Missão Integral, que afeta grandemente as igrejas calvinistas há décadas com
seu liberalismo teológico.
Malafaia errou
também, no vídeo (https://youtu.be/UvKgMUqmi5s), chamando a Teologia da Missão Integral de “Teologia
Integral.” Mas independente dos lapsos cometidos, MacArthur é um boçal.
Boçal é um
termo extremamente leve, se considerarmos que os adeptos brasileiros de MacArthur
não têm pudores de chamar de “herege” todo e qualquer cristão que hoje afirmar
que ouve a voz de Deus e tem o dom de profecia. Como os fariseus faziam com
Jesus, eles só faltam dizer que os pentecostais e neopentecostais expulsam
demônios por Belzebu, o chefe dos demônios.
MacArthur e
Justin Peters nos EUA e Augustus Nicodemus, Mauro Meister, Paulo Júnior e
outros calvinistas extremistas do Brasil têm problemas com a Bíblia e com
cristãos calvinistas, pentecostais, carismáticos e neopentecostais que aceitam
o que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo concedendo dons e manifestações
sobrenaturais.
Mais de 90% dos
evangélicos brasileiros creem no que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo e seus
dons. Mas os calvinistas boçais preferem estar contra 90% dos evangélicos
brasileiros e contra 100% da Bíblia.
Qualquer
calvinista incrédulo tem o direito de discordar da Teologia da Prosperidade de
Malafaia. Aliás, muitos assembleianos têm tal discordância. Mas usar ataques a
essa teologia como pretexto para avançar o cessacionismo e a TMI é malandragem.
Ao levarem a
sério um extremista como MacArthur e ao atacarem os dons sobrenaturais do
Espírito Santo para hoje, calvinistas cessacionistas mostram que seu problema
não é apenas com Malafaia. É com 90% dos evangélicos brasileiros. É com 100% da
Bíblia. É com o Espírito Santo.
Essa não é
uma guerra apenas contra Silas Malafaia. É contra a Palavra de Deus e contra o
próprio Espírito Santo.
Por que
não levar a sério o liberalismo teológico da TMI?
Julio
Severo
A TMI deveria ser o foco prioritário de todas as
igrejas presbiterianas e luteranas. A TMI, que é a sigla da Teologia da Missão
Integral, é a versão protestante da Teologia da Libertação. Ambas têm orientação
marxista.
Quase dez anos atrás, quando ministrei uma palestra na
VINACC (conhecida hoje como Visão Nacional da Consciência Calvinista), proibi a
turma da revista Ultimato de vender suas revistas dentro da sala onde eu estava
ministrando. Por que? Por que a Ultimato estava envolvida com a TMI. A TMI é nociva.
É liberalismo teológico.
Se eu fosse chanceler da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, nenhum “apóstolo” da TMI teria vez e voz para palestrar ou dar
aulas. Sim, haveria liberdade para assistir aulas. Só isso.
Mas não entendo Augustus Nicodemus. Quando ele era
chanceler dessa universidade presbiteriana, os “apóstolos” da TMI, inclusive
Ariovaldo Ramos, davam palestras e aulas ali.
E depois, num vídeo
de apenas dois minutos, ele finalmente critica a TMI, mas à
distância, como se ele nunca tivesse se aproximado, ajudado e facilitado a
expansão dessa teologia, que gera liberalismo teológico. Nada de pedido de
desculpas. E, depois do vídeo, nada de focar nessa teologia.
Em contraste, há vários vídeos, livros e artigos de
Nicodemus e seus colegas teólogos calvinistas que tocam no assunto da chamada
Teologia da Prosperidade. Mas não há a mesma preocupação, foco, espaço, energia
e tempo gastos na TMI. Por que a incoerência?
A denominação de Nicodemus, a Igreja Presbiteriana do
Brasil, tem vários problemas sérios, inclusive envolvendo o Rev.
Marcos Amaral, um pastor que tem ecumenismo com líderes de religiões
afro-brasileiras. Isso é liberalismo teológico descarado! Enquanto
líderes pentecostais e neopentecostais que eles criticam sistematicamente como “hereges”
ajudam os adeptos das religiões afro-brasileiras a se libertar do satanismo,
Amaral representa a IPB, e dela
já recebeu mais de 100 mil reais, para seu ecumenismo literalmente
satânico, sem nunca ter sido chamado de herege por Nicodemus e seus
companheiros.
Os amigos reformados ecumênicos dos bruxos não são
heréticos, mas os pentecostais e neopentecostais que ajudam na libertação dos
bruxos são?
Quantos reverendos presbiterianos, inclusive Nicodemus,
ousaram criticar abertamente Caio Fábio de ser herege quando ele promovia a TMI
na década de 1980? Mesmo contando nos dedos, não dá para achar um único
crítico.
Parece então que o termo “herege,” tão comumente usado
e abusado por pretensos “defensores do Evangelho,” não pode e nunca foi
aplicado no Rev. Caio Fábio, no Rev. Marcos Amaral, no Rev. Jorge Barros e
tantos outros reverendos e ex-reverendos da IPB. Mas — Santa Conveniência! —
pode e tem sido aplicado a torto e direito em Silas Malafaia, porque ele prega
a teologia que incomoda Marilena Chaui, o PT, os “apóstolos” da TMI, etc.
Eu bem que gostaria que Augustus Nicodemus tivesse
liderado a luta contra a TMI e contra a heresia cessacionista. Mas ele escolheu
outros caminhos. Ele nunca levou a sério a ameaça da TMI. O foco do clube
teológico dele é a Teologia da Prosperidade. É tragicômico: o foco da marxista Marilena
Chaui também é a Teologia da Prosperidade!
A Teologia da Prosperidade está incomodando apenas a
Esquerda. Se Nicodemus e outros calvinistas se sentem incomodados com essa
teologia, que não tem presença nenhuma em suas igrejas, é porque estão sentindo,
no fundo, o que os adeptos da TMI e outros esquerdismos em seu meio estão
sentindo.
A Igreja Presbiteriana do Brasil e outras igrejas
calvinistas estão sofrendo decadência com o liberalismo teológico. Em todos
esses problemas, a Teologia da Prosperidade é 100 por cento inocente. Mas não
se pode dizer a mesma coisa sobre a TMI e o esquerdismo.
Por que não levar a sério a presença do liberalismo
teológico através da TMI nas igrejas calvinistas e luteranas?
O uso e
abuso da “defesa do Evangelho” para promover a TMI e o cessacionismo
Como é que podem salvar o
quintal dos outros se não conseguem salvar seu próprio quintal?
Julio
Severo
Encontrei uma página de Facebook, com milhares de
curtições, que ostenta a missão de “defesa do Evangelho.” Como praxe, a página
condena Silas Malafaia e líderes neopentecostais como “hereges.” Como bom
exemplo, a página aponta Augustus Nicodemus, “apóstolo” do cessacionismo no
Brasil, e Ariovaldo Ramos, “apóstolo” da Teologia da Missão Integral (TMI).
Pior é que esse tipo de página está se espalhando como
praga na internet.
TMI
é liberalismo teológico, que leva a apostasias como: apoio ao aborto, ao “casamento” gay e outras
perversões. Se você acha isso impossível de acontecer no Brasil, nos Estados
Unidos a maior denominação presbiteriana do mundo apoia todas essas apostasias
depois de ter abraçado a versão americana da TMI.
O cessacionismo é uma heresia teológica que convence
as pessoas, através de deturpações da Bíblia, a crer que o mesmo Espírito Santo
que realizava maravilhas entre Jesus e seus seguidores no Novo Testamento
cessou tudo depois da morte deles. Aparentemente, os teólogos cessacionistas
fecharam os olhos e na imaginação deles o Espírito Santo ficou velhinho e se
aposentou, deixando unicamente a eles a responsabilidade de ditar e determinar
o que é aceito ou não entre os cristãos hoje.
É
o cessacionismo que, em grande parte, fornece o terreno teológico seco e árido que
impede a maioria dos cristãos tradicionalistas, inclusive calvinistas e
luteranos, de enxergar o liberalismo teológico da TMI, que é uma teologia para
cegos espirituais.
Desgraçadamente, os promotores da TMI e do
cessacionismo estão se ajudando, tudo em nome da “defesa do Evangelho,” na
tarefa de semear no Brasil as mesmas sementes de liberalismo teológico que
infectaram e apostaram a maior denominação presbiteriana americana. A “defesa
do Evangelho” deles está praticamente restrita a atacar pentecostais e
neopentecostais.
A maioria desses promotores é calvinista. Eles têm
tantos problemas para cuidar em seu próprio quintal, mas se metem
obstinadamente em questões dos quintais dos outros, isto é, pentecostais e
neopentecostais.
Massacre feito por
calvinistas?
Enquanto estou escrevendo este artigo, o Papa
Francisco estará canonizando 30 católicos brasileiros, inclusive padres, que
foram martirizados, de acordo com reportagem
do jornal O Dia, por “se negarem a abdicar da fé católica e se converter ao
calvinismo.”
O alegado massacre ocorreu quatro séculos atrás no Rio
Grande do Norte, cometido por unidades militares holandesas sob a liderança de
um comandante alemão. O catolicismo brasileiro agora terá em seu repertório 30
santos mortos alegadamente por calvinistas.
Se houve de fato um massacre, alguém deveria sugerir
aos calvinistas que façam, publicamente, um pedido de perdão aos católicos do
Brasil. O problema é que se os calvinistas apelarem para o truque de alguns
charlatões, que dizem que a Inquisição não existiu, eles dirão igualmente que o
massacre nunca existiu!
De forma geral, os católicos brasileiros eram
fanaticamente guiados pela Inquisição. Os holandeses calvinistas (que eram
relativamente tolerantes e protegiam os judeus da máquina assassina da Inquisição)
podiam sim se defender dos excessos habituais dos católicos da Inquisição, sem porém
imitar esses excessos.
O que os calvinistas “defensores do Evangelho” dirão
sobre esse caso? Se houve excesso, peçam perdão. Se não houve, defendam o que
precisa ser defendido. Seja o que for que disserem, os pentecostais e neopentecostais,
que eles tanto difamam e acusam, não têm nenhuma história semelhante de
massacres contra católicos. Aliás, eles nem tentam massacrar os próprios
calvinistas, que enchem a paciência deles dia e noite, por pura falta do que
fazer.
No passado, os cristãos verdadeiros precisavam avisar:
Cuidado com os que atacam o Evangelho!
Hoje o aviso é diferente: Cuidado com os que “defendem
o Evangelho,” usando-o como pretexto para promover suas próprias distorções do
Evangelho!
Cuidado com os autoproclamados apologetas. Assim como
há falsos pregadores do Evangelho, há também falsos defensores do Evangelho.
Aquele que se esconde atrás do Evangelho para promover
teólogos da TMI e do cessacionismo, chamando-os de exemplos a ser seguidos, não
é “defensor do Evangelho.” É deturpador do Evangelho.
Aquele
que se esconde atrás do Evangelho para acusar, difamar e atacar cristãos com os
quais ele discorda, chamando-os de “hereges” por pura birra, antipatia e dor de
cotovelo, não é “defensor do Evangelho.” É difamador do Evangelho. O Pr. Silas
Malafaia refutou tais críticos de internet num vídeo neste link: https://youtu.be/0u50_n6FN4Y
Se Satanás pode se transformar em anjo de luz, qual a
surpresa de um difamador do Evangelho se disfarçar de “defensor do Evangelho”?
Cuidado com os grupos e páginas de internet que
prometem vacinar você contra “heresias” enquanto vão injetando nas suas veias o
cessacionismo, para você ficar espiritualmente cego, e a TMI, para que o
liberalismo teológico leve você a não se importar com a invasão das verdadeiras
heresias e no final você acabe, como um zumbi espiritual, apoiando o aborto, a
agenda gay e outros itens da agenda socialista.
Os teólogos da TMI que gostam do marxismo deveriam se
mudar para Cuba ou Coreia do Norte, para ver como sua teologia funciona.
Os teólogos do cessacionismo que não gostam de
manifestações do Espírito Santo deveriam se mudar para algum lugar do universo
onde toda a ação sobrenatural de Deus foi cessada. Só não sei onde é que eles
vão encontrar tal lugar. Provavelmente, só em seus corações áridos.
Universidade Presbiteriana
Mackenzie e apostasia
Não adianta os defensores do cessacionismo alegarem,
agora que a
TMI vem sendo atacada por causa de um genuíno trabalho apologético,
que não gostam de TMI. Nos anos que em que Augustus Nicodemus era chanceler da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ariovaldo Ramos dava aulas magnas ali.
Duvido muito que Nicodemus tivesse disposição de permitir aulas magnas dada por
Silas Malafaia.
Pior que, além de professores abortistas,
homossexualistas
e marxistas,
a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) tem um professor chamado Paulo
Romeiro, que é um pastor assembleiano que ficou famoso na década de 1990 por
atacar o neopentecostalismo. Mas ali de dentro de seu confortável e bem
remunerado cargo na UPM, Romeiro nunca sentiu nenhuma necessidade de escrever
livros para “defender o Evangelho” contra o cessacionismo e a TMI. Publicar
livros contra os professores abortistas, homossexualistas e marxistas da UPM?
Nem pensar! Gera desemprego na certa.
Por razões que só Deus sabe, o apologeta Romeiro, que
fazia parte do Instituto Cristão de Pesquisas, nunca quis escrever tais livros.
O que um dos maiores apologetas assembleianos tem com
um dos maiores ativistas da Teologia da Libertação Palestina? A abertura dele
aos calvinistas cessacionistas o abriu também para o liberalismo teológico?
Romeiro teve a chance de ser diferente dos outros
“defensores do Evangelho,” tão comuns nos reverendos-teólogos da UPM, mas ele
não fez diferença. Seja como for, a união com calvinistas cessacionistas não
parece lhe ter feito bem.
Se nem apologetas assembleianos famosos como Romeiro
escapam das incoerências típicas dos apologetas calvinistas, a pergunta é: o
que aconteceu com a apologética no Brasil? Parece estar há anos em elevado grau
de putrefação.
Nenhum dos apologetas calvinistas ousa denunciar a UPM
e seus professores abortistas, homossexualistas e marxistas. Nenhum deles
denuncia a presença da TMI na UPM. Nenhum deles denuncia o cessacionismo que
faz parte das lideranças presbiterianas da UPM.
E o único apologeta assembleiano na UPM se cala, por
omissão ou por medo de perder o emprego.
O fato é que a UPM, que é a glória dos calvinistas
“defensores do Evangelho” catadores de ciscos dos olhos dos outros, está
repleta de gente com um problema oftalmológico simples: olhos cheios de traves.
Parecem Aliens, com os olhos espetados de traves fincadas com antenas que
buscam ciscos nos olhos dos outros. A Bíblia fala, em duas versões, sobre esses
Aliens apologetas:
“Não
bombardeiem de críticas as pessoas quando elas cometem um erro, a menos que
queiram receber o mesmo tratamento. O espírito crítico é como um bumerangue. É
fácil ver uma mancha no rosto do próximo e esquecer-se do feio riso de escárnio
no próprio rosto. Vocês têm o cinismo de dizer: ‘Deixe-me limpar o seu rosto’,
quando o rosto de vocês está distorcido pelo desprezo? Isso também é teatro, é
fazer o jogo do sou mais santo que você’, em vez de simplesmente viver a vida.
Tire o cinismo do rosto e, então, você poderá oferecer uma toalha ao seu
próximo, para que ele também limpe o rosto.” (Mateus 7:1-5 A Mensagem)
“Não
julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque Deus julgará
vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma
medida que vocês usarem para medir os outros. Por que é que você vê o cisco que
está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu
próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: ‘Me deixe tirar esse
cisco do seu olho,’ quando você está com uma trave no seu próprio olho?
Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem
para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” (Mateus 7:1-5 A NTLH)
É tragicômico um ser cheio de traves nos olhos achar
que tem a missão apologética de remover os ciscos dos olhos dos outros.
Fica difícil, para o grande público, entender o que é
“defesa do Evangelho” quando tal defesa, abundante na internet com a marca
registrada calvinista, inclui defesa da TMI, do cessacionismo e silêncio com
relação à apostasia da Universidade Presbiteriana Mackenzie com seus
professores abortistas, homossexualistas e marxistas.
Quando brotarem, as sementes de apostasia dos grupos
de “defesa do Evangelho” vão produzir muitos prejuízos para a Igreja Evangélica
Brasileira, os mesmos prejuízos liberais que já vemos na Europa e EUA. E vão
fazer o que então? Culpar o Silas Malafaia ou o Julio Severo?
Culpa da Teologia da
Prosperidade?
As igrejas calvinistas da Europa, EUA e Brasil estão
passando por liberalismo teológico e decadência. Mas nenhum de seus grandes
problemas foi causado pela Teologia da Prosperidade, que mesmo assim parece ser
o único foco de teólogos e escritores birrentos e briguentos dessas igrejas.
Quantas igrejas calvinistas europeias e americanas
foram destruídas pela Teologia da Prosperidade? A resposta é um enfático NENHUMA.
Todas as igrejas calvinistas europeias e americanas têm sido destruídas por
seus próprios pecados depois de abraçarem teologias apóstatas semelhantes a TMI
e por não enxergarem a nocividade do cessacionismo, que é uma eficaz ferramenta
satânica de cegueira espiritual no meio deles.
Quantos problemas e apostasias da Universidade
Presbiteriana Mackenzie foram causados pela Teologia da Prosperidade?
Quantos problemas da Igreja Presbiteriana do Brasil,
que é dona da UPM, foram causados pela Teologia da Prosperidade?
A resposta é: NENHUM.
Só os desinformados não percebem que a motivação dos “defensores
do Evangelho” é atacar o pentecostalismo, não defender o Evangelho. Para quem
quer entender mais, o Pr. Silas Malafaia explica neste vídeo: https://youtu.be/UvKgMUqmi5s
Mesmo assim, os “defensores do Evangelho” se pintam
apologeticamente como os salvadores da Igreja Brasileira contra a Teologia da
Prosperidade, mas são incapazes de salvar suas próprias igrejas da praga da TMI
e do cessacionismo.
Eles se consideram especialistas em salvar os outros
de ciscos nos olhos, enquanto as traves do cessacionismo e da TMI fincadas em
seus próprios olhos os impedem de enxergar a realidade.
Como é que podem salvar os outros se não conseguem
salvar a si mesmos?
A Teologia da Prosperidade nada tem a ver com a
apostasia das igrejas presbiterianas do mundo. Mas o cessacionismo e o
liberalismo teológico, especialmente da TMI, têm muito a ver.
Passou da hora dos “defensores do Evangelho” abrirem os
olhos para seus próprios pecados, em vez de demonizarem incessantemente o
quintal alheio.
Passou da hora dos “defensores do Evangelho” assumirem
os pecados e apostasias de seu próprio quintal, em vez de apontarem o dedo para
o quintal dos pentecostais e neopentecostais.
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